Flexibility Pedrita

Flexibility, design in a fast changing society
Curatorial assistance + research
Turin, 2008

“Labyrinths of roads, agglomerations of buildings, mazes of relations. In 2050 over 90% of the world’s population will live in cities, places that already today are characterized by growing complexity. The urban panorama is a system of close-knit connections between material objects and immaterial factors produced by man. An often chaotic space, that conditions, restrains and sometimes paralyses movement, considerably reducing the space for manoeuvre of individuals. Too often, in fact, the structure and products used every day are characterized by rigidity and poor adaptability.
In this scenario, flexibility becomes a need and a response at the same time. Flexibility as a need to break down walls, to leave well-trodden paths, to step away from pre-packaged solutions.
Flexibility as a response: an attitude that allows individuals to react to a context that changes at ever-increasing speed and produces unexpected results, sometimes with an explosive impact.
The exhibition “Flexibility – design in a fast-changing society” poses questions about bonds between flexibility and design, where flexibility is intended as the ease with which a system or components of it can be modified and adapted for use in different applications or settings to the ones for which they were originally designed. A narrative and experiential path explores the diverse ways of designing the world and society starting from a concept of adaptability, from the perspective of transforming town and city environments into more elastic places, durable but also welcoming and changeable spaces.
At the “Ex-Carceri, Le Nuove” former prison, the show stretches out along the corridors flanked by the cells, creating a route in three stages, with the sound track from the musical research of three sound designers. The effect is strident and of great impact: the defense of flexibility and the constriction of the place interact, giving life to a particular conceptual oxymoron.
In the circular space of the panopticum, from which the prison wings reach out, the exhibition introduces visitors to the multitude of meanings attributed to the concept of flexibility. After this, in the men’s wing, examples are proposed of effective design objects and solutions in terms of adaptability and versatility and that can be applied in our houses, workplaces and cities. At the end, the exhibition route finishes in the women’s wing where ten installations created specially by ten rising designers on the international stage are on show.
A multi-faceted voyage proposes and supports flexibility as a design approach, as well as a process to learn and practice so as to exploit unpredictable opportunities and refine the capacity for individual adaptation, and therefore survival.”

Guta Moura Guedes
in Torino Design Capital website

“Labirintos de estradas, aglomerações de edifícios, labirintos das relações. Em 2050 mais de 90% da população mundial viverá em cidades, lugares que já hoje se caracterizam pela complexidade crescente. O panorama urbano é um sistema de conexões de malhas estreitas entre objectos materiais e factores imateriais produzidos pelo homem. Um espaço muitas vezes caótico, que condiciona, restringe e por vezes paralisa o movimento, reduzindo consideravelmente o espaço de manobra dos indivíduos. Na verdade, a estrutura e os produtos utilizados diariamente são frequentemente caracterizados pela rigidez e pobre adaptabilidade.
Neste cenário, a flexibilidade torna-se uma necessidade e uma resposta ao mesmo tempo. Flexibilidade como uma necessidade de quebrar paredes, para deixar caminhos bem trilhados, e afastar-se de soluções pré-pensadas.
Flexibilidade como uma resposta: uma atitude que permite aos indivíduos reagir a um contexto que muda a cada vez maior velocidade e produz resultados inesperados, por vezes com um impacto explosivo.
A exposição “Flexibilidade – Design numa sociedade em rápida mudança” coloca questões sobre ligações entre flexibilidade e design, onde a flexibilidade é concebida como a facilidade com que um sistema ou componentes do mesmo pode ser modificado e adaptado para uso em diferentes aplicações ou configurações para aqueles para os quais foram originalmente concebidos. Um percurso narrativo e experiencial que explora as diversas formas de conceber o mundo e a sociedade a partir de um conceito de adaptabilidade, da perspectiva de transformar ambientes urbanos em lugares mais elásticos, espaços duradouros mas de acolhedores e mutáveis.
Situada na antiga prisão “Ex-Carceri, Le Nuove”, a exposição estende-se ao longo dos corredores ladeados pelas celas, criando um percurso de três etapas, com uma banda sonora proveniente da investigação musical de três designers de som. O efeito é estridente e de grande impacto: a defesa da flexibilidade e a constrição do lugar interagem, dando vida a uma contradição conceptual particular.
No espaço circular do panopticum, para onde as alas da prisão confluem, a exposição apresenta aos visitantes a multiplicidade de significados atribuídos ao conceito de flexibilidade. Depois disso, na ala dos homens, são propostos exemplos de objectos de design eficazes e soluções em termos de adaptabilidade e versatilidade que podem ser aplicadas nas nossas casas, locais de trabalho e cidades. No final, a exposição termina na ala feminina onde estão expostas dez instalações criadas especialmente por dez designers emergentes no cenário internacional.
Uma viagem multifacetada propõe e apoia a flexibilidade como uma abordagem de design, bem como um processo de aprender e praticar, a fim de explorar oportunidades imprevisíveis e refinar a capacidade de adaptação individual e, portanto, de sobrevivência “.

Guta Moura Guedes
in Torino Design Capital website